ENTREGUES À BICHARADA!
Pasquim alternativo de tiragem irregular não pactuante nem alinhado com a podridão social e política vigentes. Os artigos publicados são da exclusiva responsabilidade de cada autor. Para colaboração e contacto: entreguesabicharada@gmail.com
terça-feira, 22 de março de 2011
META-SE ÁGUA!
Hoje, Dia Mundial da Água, o Entregues à Bicharada homenageia esse bem tão precioso, que brevemente se tornará mais escasso e cobiçado que o petróleo.
quinta-feira, 10 de março de 2011
A CAMINHO DO FUNDO
Todos os indicadores políticos actuais, consubstanciados pelo discurso de posse do Cavaco, apontam no seguinte caminho: a brigada laranja ocupará o tacho brevemente.
Nada surpreendente, mas extremamente preocupante, ou não fossem as linhas mestras de actuação do mais do que certo próximo executivo, tornadas públicas recentemente, baseadas nas seguintes máximas: privatizar, reduzir ao mínimo o sector público/estatal, reduzir direitos dos trabalhadores e satisfazer as pretensões da classe empresarial/dirigente chupista nacional.
Tap e RTP serão as primeiras a sofrer as consequências, mas de seguida virá à rede tudo o que é peixe, e será um forrobodó de privatizações sem paralelo.
No sector laboral, os trabalhadores verão ainda mais reduzidos os seus já parcos direitos e serão tratados como produto de consumo imediato, ao estilo mastiga e deita fora - mais facilidade no despedimento, menores indemnizações, contratação cada vez mais precária, flexibilização de horários e turnos, diminuição da contratação colectiva em prol do contrato de empresa.
Com o país mais do que hipotecado, à beira da falência, a pagar juros da dívida seis vezes maiores do que pagava há 4 anos atrás, resta saber se valerá tudo para satisfazer os credores, e se esse “tudo” incluirá o fim do sistema. É que se assim é, até valerá a pena.
Se é mais do que certo que bateremos no fundo, também é certo que o caminho que trilharemos será mais curto para lá chegar. E, se calhar, ainda bem. O Povo é quem mais ordena.
quinta-feira, 3 de março de 2011
OS LUSÍADAS REESCRITOS
Como escreveria hoje, Camões, os Lusíadas ...
se vivesse nestes tempos da nossa " modernidade pulhitica " !
I
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo aquilo que lhes dá na gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se de quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!
II
E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas.
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!
III
Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano.
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.
IV
E vós, ninfas do Douro onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!
(recebido por emílio)
se vivesse nestes tempos da nossa " modernidade pulhitica " !
I
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo aquilo que lhes dá na gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se de quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!
II
E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
Do Minho ao Algarve tudo devastando,
Guardam para si as coisas valiosas.
Desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!
III
Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano.
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.
IV
E vós, ninfas do Douro onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!
(recebido por emílio)
sábado, 26 de fevereiro de 2011
É TUDO A GAMAR!
Tratando-se este de um blog que na sua essência pretende provar que estamos realmente entregues à bicharada e denunciar casos de autêntico chupismo, oportunismo e chico-espertismo, vou deixar-vos mais três casos exemplificativos, sendo que dois dizem-me particularmente respeito, o que não invalida que muitos de vós já não tenham passado pelas experiências relatadas, e um terceiro trata-se de um texto que me foi enviado por mail e que pelo seu conteúdo e forma irónica não quis deixar de publicar.
Vamos ao primeiro, relativo a uma empresa prestadora de serviços de comunicação (tv, internet e telefone) que comprova que no mercado livre em que o objectivo é o lucro e onde a concorrência é feroz, tudo vale para angariar clientes. Tudo o que o marketing altamente estudado e fortemente dirigido propagandeia e todas as balelas impingidas de padrões de qualidade, satisfação do cliente, amizade ao ambiente, certificação por não sei quem e etc e tal, mais não são que um engodo bem oleado para chupar dinheiro aos incautos e aumentar os lucros, primeiro e único objectivo. Passo a transcrever uma carta por mim dirigida a essa empresa. Por motivos óbvios, os nomes das pessoas intervenientes são retirados.
Caros senhores,
Serve a presente, na qualidade de filho e procurador da titular do contrato xxxxxx xxxxxx xxxxxxx, para apresentar uma forte reclamação, que igualmente farei seguir para a ANACOM e DECO, relativamente a um serviço que por V. Exas. pretensamente deveria ter sido bem prestado.
Posto isto, passo aos factos. Depois de muito assédio por parte de uma funcionária comercial da vossa empresa, que estará a tentar fazer o melhor que pode o seu trabalho de forma a receber a sua comissão, resolvo alterar o “Pacote Selecção” que até então tinha disponível (e sem qualquer problema até à data, refira-se) para o pacote SD talk +. Segundo fui informado pela senhora do sector comercial o pacote incluía 15 canais de tv, telefone com chamadas ilimitadas para rede fixa mais chamadas internacionais aos dias de semana entre as 21 e as 9 e aos fins de semana e feriados todo o dia, instalação e activação gratuitas pelo valor total de 20,62 euros. Até aqui tudo bem. Daqui em diante mais nada funcionou. Ao questionar a funcionária comercial (angariadora) a mesma indica-me que o aparelho telefónico não está incluído no pacote, e que o mesmo poderia ser adquirido por 25 euros ou alugado mensalmente por 0.99 cêntimos. Estranhei a situação, já que geralmente os aparelhos são fornecidos sem acréscimo pelos outros operadores (ou pelo menos o valor já está incluído no preço total do pacote e não há lugar a pagamento extra). Resolvi então contactar o vosso apoio comercial que realmente me confirmou que no preço do pacote está incluído o telefone. Ao questionar a funcionária comercial (angariadora), esta refere-me que o pacote com telefone incluído (aparelho) é só para adesões feitas pela internet. Medindo os prós e os contras comuniquei à mesma que sendo assim seria mais proveitoso aderir pela internet, sendo que a mesma logo se disponibilizou para me oferecer o referido aparelho a expensas próprias e que o enviaria por correio!
Relativamento à instalação, ficou a mesma agendada para dia 18 de Fevereiro entre as 19 e as 20 horas. Estando a escrever esta carta na qualidade de filho e procurador da titular do contrato, e sabendo de antemão que uma pessoa com 80 anos de idade não terá a mesma capacidade de absorção das novas tecnologias, pretendia estar presente na altura da instalação até porque sei, devido à experiência infelizmente adquirida em situações idênticas, que o serviço prestado depende muito de quem se tem pela frente… O facto é que os senhores adiantaram-se e por volta das 18:20 já tinham o serviço efectuado sem eu estar presente, o que foi um erro gravissímo, pois se tal não tem acontecido muitos transtornos e perdas de tempo teriam sido poupados e provavelmente nem estaria a escrever esta carta, porque os referidos senhores teriam voltado à procedência com todo o material que levaram, dado que o serviço não ficou operacional, isto provavelmente até sem culpa dos referidos.
Eis um resumo dos acontecimentos:
- Ao abandonarem a casa, os técnicos disseram à minha mãe que bastaria esperar alguns minutos que os canais ficariam memorizados e disponíveis.
- Pelas 19 horas, e como não havia sinal, ligo para o apoio técnico. O senhor xxxxx xxxxxx garante-me que o sinal viria, e que bastaria esperar no máximo 3 horas!
- Pelas 22 horas ligo novamente e sou atendido por uma funcionária de sotaque brasileiro cujo nome não anotei, que me informa de um problema informático que só estaria resolvido no dia 22 às 18 horas!! Perante a minha estupefacção e indignação, a mesma, de forma a não ficar privado da televisão, informa que iriam enviar um “sinal alternativo” (tecnicamente não sei a que se referia) que estaria disponível no prazo máximo de 30 minutos!
- 35 minutos depois nada! Ligo novamente e a senhora xxxxx xxxxxxx garante-me a pés juntos que agora é que é! Mais 30 minutinhos e o sinal milagroso chegará! Não estando disposto a pactuar mais com esta autêntica fantochada, informo a referida senhora de que pretendo desistir do referido pseudo-pacote e mesmo de todo e qualquer serviço da Zon, pelo que solicito alguém para poder dar baixa do serviço. Sou informado que tal não é possível, pois para tal teria que contactar o serviço comercial que só está operacional em horário de expediente normal (dias úteis), e que não existia mais nenhuma forma de o fazer a não ser por carta registada, já que tanto email como fax estavam desactivados.
- Sábado, dia 19 de Fevereiro dirijo-me à loja Zon no Almada Fórum onde faço o cancelamento do serviço através da funcionária xxxxxxx que depois de questionada e de acordo com o meu desejo me informa que o serviço voltaria ao incial (Pacote Selecção) até ao final do mês, altura em que se efectuaria o desligamento e que o valor cobrado seria baseado no Pacote Selecção, descontando-se os dias em que o mesmo serviço não esteve activo, desde as 18 horas do dia 18 de Fevereiro.
- Segunda-feira, dia 21 de Fevereiro de manhã recebo 2 sms da Zon a informarem-me que “a activação dos serviços solicitados está completa”!
- Por volta das 13 horas do mesmo dia verifico a televisão e novamente NADA! Ligo mais uma vez para o apoio comercial e a senhora xxxx xxxxx transfere-me para a senhora Andrea Afonso do apoio técnico, que por sua vez me transfere para a senhora xxxxx xxxx da rescisão, que por sua vez me transfere para o senhor xxxx xxxxxx do apoio técnico, que após longos minutos de verificações me indica que irá enviar um piquete de urgência dentro de no méximo 4 horas de forma a tentar resolver a situação in loco.
- A equipa chegou, efectuou o serviço que entendeu e abandonou o local SEM SEQUER MEMORIZAR OS CANAIS NA TELEVISÃO (!!!), que é o mínimo que se pede, ainda por cima estando a lidar com uma senhora de idade avançada (80 anos)!
- Por volta das 18:45h chego e noto que apenas 2 ou 3 canais apresentavam qualidade de imagem regular, os restantes com chuva e sombras e alguns nem sequer os encontrei.
- Mais do que insatisfeito e sinceramente muito desiludido com o vosso serviço prestado, recolhi o equipamento que entreguei na loja Zon da Gare do Oriente e que foi recebido pela senhora xxxxx xxxxx em perfeitas condições.
Por fim, e relativamente à facturação final do mês corrente, retenho a informação das senhoras xxxxxxx da loja Zon do Almada Fórum e da senhora xxxxxxx xxxxxx da “Rescisão”, contradizentes, em que a primeira afirma que de acordo com a minha solicitação o pacote regressaria ao original “Pacote Selecção” e a segunda que refere que o “Pacote Selecção” já não existe e portanto teria que continuar com o Pacote SD até ao desligamento. A única coisa condizente que me foi confirmado por ambas é de que a facturação se baseará no “Pacote Selecção” e que será deduzido na factura o valor do tempo que estive privado do serviço de televisão, ou seja apenas será contabilizado o tempo em que o serviço foi prestado em condições técnicas e comerciais regulares (18 de Fevereiro às 18 horas). Quanto ao telefone a questão nem se põe, pois nunca me foi fornecido nenhum telefone, nem o respectivo número.
Depois desta autêntica telenovela, em que o cliente foi tratado de uma forma desmazelada, para não utilizar outro predicado talvez mais condizente, espero sinceramente que pelo menos neste aspecto da facturação as coisas funcionem, e já nem sequer peço para terem em conta as horas perdidas, o “serviço técnico” por mim prestado quando deveria ter sido efectuado pela ZON, o dinheiro gasto em contactos telefónicos e deslocações e todos os restantes transtornos tanto monetários como profissionais causados com o tempo dispendido. Como tal, fico a aguardar por uma vossa factura actualizada com valores de acordo com os reais serviços prestados.
Por fim, agradeço que notem que de futuro desejo não ser mais contactado pelos senhores para ofertas de produtos, promoções, papeis debaixo da porta, ou qualquer outra acção de marketing.
Melhores cumprimentos,
xxxx xxxxxxxx.
C/C ANACOM e DECO
O segundo caso, refere-se ao que eu considero um dos maiores actos de chupismo e oportunismo que é exercido sobre os clientes, consumidores, contribuintes e cidadãos: as estimativas da EDP.
Tendo eu mudado de residência há pouco tempo, fiz um novo contrato de fornecimento de energia. Sabendo de antemão, através de tristes experiências anteriores, o maná que é essa treta da estimativa, aguardei pela primeira factura mais do que ciente de que pelo menos uma enorme gargalhada não evitaria quando a recebesse. E de facto assim foi, o valor total a pagar era o que no mínimo se pode considerar uma autêntica aberração, levando-me de imediato a pegar no telefone para contactar os serviços comerciais da empresa.
Apesar de já saber (derivado às tristes experiências anteriores) que respostas iria obter, aguardei pelo bla-bla estudado e preparado para fazer face às questões mais incómodas. O valor total da factura é encontrado através de uma estimativa que é feita em função dos consumos anteriores do cliente, informou-me o funcionário. Ora, se o contrato tem um mês, não há consumos anteriores do cliente para se poderem fazer estimativas, replico eu. Resposta: Então nesse caso a estimativa é feita através do cálculo do consumo médio dos portugueses para a potência contratada!!!
Abrenúncio! Ora eu não sei qual a milagrosa fórmula matemática utilizada pelos iluminados senhores (nem o funcionário me conseguiu fornecer a mesma), mas dúvido que tenham tido em atenção diversas variantes que podem influenciar de sobremaneira uma estimativa: idade, hábitos de consumo, respeito pelo ambiente, número de electrodomésticos e outros aparelhos eléctricos, composição do agregado familiar, actividade profissional, quantidade de horas que são passadas em casa, tipo de utilização da habitação (permanente, com largas ausências, esporádica, etc.), enfim um sem número de condicionantes que podem alterar os valores largamente.
Em conversa com o funcionário questiono se em relação aos contratos novos não seria mais honesto e rigoroso fazer a leitura dos contadores através de pessoal da empresa durante os primeiros meses e, depois, então, fazerem uma estimativa com elementos um pouco mais palpáveis, isto tudo partindo do princípio que esta actividade será para eliminar totalmente muito breve, de forma a poupar dinheiro e aumentar os lucros empresariais, ao que o mesmo replica que a leitura só é efectuada de três em três meses e que portanto em relação aos contratos novos o procedimento é o mesmo.
Posto isto, e depois de reiterar ao indivíduo a minha intenção de não pagar a factura, o mesmo informa-me que será anulada e que a EDP enviará uma nova com os valores condizentes com a contagem que eu durante o telefonema forneci, ou seja, METADE do valor da primeira!
Não é novidade nenhuma que este subterfúgio é um autêntico maná para encher os cofres da EDP. Se durante alguns segundos pensarmos nos milhares ou milhões de consumidores que não reclamam e que adiantam dinheiro imoralmente cobrado por consumos não efectuados, chegamos à conclusão que o lucro adquirido com os juros do dinheiro que é retido e muito tempo depois devolvido (sem juros) quando são efectuados os acertos (se alguma vez o são!) é enorme.
Quanto a isto, pelos vistos, e por enquanto, nada mais há a fazer do que reclamar e protestar. Por muitos poucos que o façam, sempre são menos uns milhares de euros de enriquecimento à conta do dinheiro dos outros.
Por fim, passo ao terceiro e último caso, que isto já vai longo. Trata-se de um email recebido, que considero muito oportuno aqui publicar, pois tem a ver com todos nós que fomentamos, financiamos e enriquecemos os maiores chupistas do nosso sistema: os bancos.
Até breve e vão-se lembrando da inteligente frase do Albert Camus: "Eu revolto-me, logo existo."
(Esta carta foi direccionada ao banco BES, porém devido à criatividade com que foi redigida, deveria ser direccionada a todas as instituições financeiras.)
Exmos. Senhores Administradores do BES
Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/. Rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.
Funcionaria desta forma: todos os senhores e todos os usuários pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.). Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer outro produto adquirido (um pão, um remédio, uns litro de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado.
Que tal?
Pois, ontem saí do BES com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e honestidade. A minha certeza deriva de um raciocínio simples.
Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como todo e qualquer outro serviço. Além disso impõe-se taxas de. Uma 'taxa de acesso ao pão', outra 'taxa por guardar pão quente' e ainda uma 'taxa de abertura da padaria'. Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.
Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu Banco.
Financiei um carro, ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os senhores cobram-me preços de mercado, assim como o padeiro cobra-me o preço de mercado pelo pão.
Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem cobrando-me apenas pelo produto que adquiri.
Para ter acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobram-me uma 'taxa de abertura de crédito'-equivalente àquela hipotética 'taxa de acesso ao pão', que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar
Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse possível, os senhores cobram-me uma 'taxa de abertura de conta'.
Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa 'taxa de abertura de conta' se assemelharia a uma 'taxa de abertura de padaria', pois só é possível fazer negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria.
Antigamente os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como 'Papagaios'. Para gerir o 'papagaio', alguns gerentes sem escrúpulos cobravam 'por fora', o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos. Agora, ao contrário de 'por fora' temos muitos 'por dentro'.
Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores cobram-me uma taxa de 1 EUR. Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de 5 EUR 'para manutenção da conta' - semelhante àquela 'taxa de existência da padaria na esquina da rua'.
A surpresa não acabou. Descobri outra taxa de 25 EUR a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo. Semelhante àquela 'taxa por guardar o pão quente'.
Mas os senhores são insaciáveis.
A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer.
Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações de v/. Banco.
Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?
Depois de eu pagar as taxas correspondentes talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc., etc., etc. e que apesar de lamentarem muito e de nada poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto pela lei, regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal. Sei disso, como sei também que existem seguros e garantias legais que protegem o v/. negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.
Sei que são legais, mas também sei que são imorais. Por mais que estejam protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma.
A REVOLUÇÃO APROXIMA-SE!!!
O DESAPARECIMENTO DA AMBULÂNCIA
Alguém telefona para o INEM e pede uma urgência para uma senhora idosa. Chegados à morada indicada os técnicos depararam-se com um princípio de um enfarte, a ambulância ficou parada em frente à porta da casa da doente, (a rua só tem um sentido de passagem de veículos) enquanto os técnicos de saúde davam os primeiros socorros à vítima. Até aqui nada de anormal. O pior foi quando os ditos socorristas chegaram à rua com a senhora, a ambulância tinha desaparecido.
Motivo, os seguranças do senhor ministro, que o iam buscar a casa (parece que o senhor mora por ali) sempre zelosos nestas coisas (para outras o zelo fica no quartel) não estiveram com modas, retiraram a ambulância do local sem passar cavaco a ninguém, para assim poderem passar sem problema, acto que é proibido por lei.
Pergunto: e se fosse a mãe do segurança a doente?
O que vai dizer ou fazer o ministro?
Será mais importante a perca de uns minutos na labuta diária do sr. ministro, que a vida de uma pessoa?
E se fosse um outro qualquer cidadão a "roubar" a ambulância, o que lhe acontecia?
Estas e outras perguntas ficarão certamente sem resposta. Até quando?
Motivo, os seguranças do senhor ministro, que o iam buscar a casa (parece que o senhor mora por ali) sempre zelosos nestas coisas (para outras o zelo fica no quartel) não estiveram com modas, retiraram a ambulância do local sem passar cavaco a ninguém, para assim poderem passar sem problema, acto que é proibido por lei.
Pergunto: e se fosse a mãe do segurança a doente?
O que vai dizer ou fazer o ministro?
Será mais importante a perca de uns minutos na labuta diária do sr. ministro, que a vida de uma pessoa?
E se fosse um outro qualquer cidadão a "roubar" a ambulância, o que lhe acontecia?
Estas e outras perguntas ficarão certamente sem resposta. Até quando?
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
RECESSÃO?!...
Parece que o país entrou novamente em recessão económica, isto de acordo com o modo de avaliação técnica utilizado para o efeito (2 trimestres consecutivos com crescimento negativo). A notícia é tão banal que a populaça já nem liga pívia, pois para a maioria a sensação é de que vivemos em recessão constante. E não só a nível económico mas também de ideias e de alternativas. “Deixa andar” é a filosofia vigente.
A coisa é tão ou mais engrançada que, enquanto há uns anos atrás se dava o cu e cinco tostões para abarbatar a cadeira do poder, agora até a brigada laranja, pertencente à pseudo-democracia alternadeira cá do burgo, foge a sete pés do poder oferecido de mão beijada. Melhor do que nós eles sabem bem o quanto negro se apresenta o cenário actual, de cuja responsabilidade não podem fugir, tanto eles como os congéneres da brigada rosa.
Aproveito o meu tempo de antena para deixar uma palavra de solidariedade para com todos os grevistas, e especialmente para com os da CP que estão actualmente envolvidos numa luta justa. Ontem, em conversa com um revisor da empresa, o mesmo confidenciou-me que o regabofe continua, embora camuflado. Retirados que foram os prémios exorbitantes anuais aos senhores gestores/administradores/directores da CP, os mesmo não se fizeram rogados e trataram de aumentar os plafonds dos cartões de crédito de forma a compensar a “perda”.
Pois é, enquanto se corta nas prestações sociais, nos abonos de família, nos medicamentos comparticipados, etc, os meninos chico-espertos de sempre continuam a banquetear-se de qualquer forma e a encher o saco da reforma dourada. Pior do que tudo, com a contemplação do povinho subjugado, descrente, desmotivado, passivo e acarneirado.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
SIMPLEX COMPLICADEX!
12:45h, Campus da Justiça, IRN (Instituto dos Registos e Notariado), Lisboa. Aproveito o tempinho disponível para alegremente me deslocar à meca do tão propagado simplex nacional. Objectivo: levantar o Cartão de Cidadão.
“É canja”, disse eu para com os meus poucos botões, verificando ao retirar a senha da maquineta que “apenas” três elementos se encontravam à minha frente. O entusiamo redobrou quando, já sentado numa das poltronas de tecido alaranjado escurecido pelo roçar das peidas e cobertas de manchas, cabelos e pintelhos, li uma das inscrições da referida senha que se destacava por estas simpáticas palavras : “tempo previsto de espera 7 minutos”!
Se fosse brasuca, provavelmente teria debitado um sonoro “Oba!”, no entanto, como cidadão marreta de segunda categoria, algo me fez moderar o contentamento, até porque nesta coisa de repartições púbicas, públicas digo, o lema costuma ser “quem espera (quase) sempre alcança”.
Giro o periscópio 180º e faço uma prospecção da fauna situada no outro lado da barricada com a benemérita missão de servir o cidadão. Não seriam mais do que cinco para dez cadeiras e a segunda impressão com que fiquei (a primeira já tinha ficado com ela na altura de requisição do Cartão de Cidadão) foi de que havia por ali servidores do Estado menos entendidos na prática técnico-mecânico-electrónica de atendimento, resolução e expediente, para que diligentemente teriam sido formados (ou reformados), no intuito de tão digníssima missão como é o nobre acto do atendimento público, do que eu na esmerada arte da puericultura.
Deixemo-nos de tretas e adiantemos os ponteiros do relógio para as 13:30h, hora precisa a que o catrapázio electrónico que mostra as letras a que cada tipo de serviço está agregado (certidões, informações, cartões, etc, etc, etc) com o número correspondente de atendimento se lembrou de avançar a letra D para o número seguinte. Ou seja, trocado por miúdos, ficaram a faltar mais dois elementos para chegar a minha vez, o que para quem com tanta simpatia foi tipograficamente informado que esperaria para aí uns 7 minutinhos não é nada entusiasmante.
Carregando no “forward”, para não perdermos muito tempo, chegamos ao ponto de saturação em que a coisa começa a descambar para a revolta, desiderato altamente perigoso que, como sabemos, pode conduzir à violência generalizada e ao caos.
Primeiramente, esta alminha marreta dirigiu-se a um funcionário e educadamente questionou se seria normal esperar 45 MINUTOS para que uma senha avançasse, tratando-se ainda por cima dos serviços mais rápidos e fáceis de escoar: a entrega de um simples cartão, que a mais não obriga do que uma deslocação de ½ metro à caixinha onde os mesmos se encontram, procurar o nome por ordem alfabética, entregar à pessoa e já está!
Ah e tal e tal, estamos na hora de almoço, às vezes o serviço entope, existem sempre dúvidas que é preciso esclarecer, o X está de baixa, o Y de férias, a máquina avaria, o cliente faz perguntas e temos que responder, surgem imprevistos,….
13:45h, a pouca distância, um outro “cliente” da letra D bufava e espumava da boca enquanto percorria vários metros em círculo num ritmo alucinante. Como que invadido por um impulso eléctrico avançou de uma só vez até ao guichet mais próximo e soltou um estridente “CARREGUE NA LETRA D!” que ecoou até ao topo da Torre Vasco da Gama. “Estou aqui há uma hora e esta merda não anda, enquanto as outras letras estão sempre a avançar!”, completou com mais um violento urro. E não é que resultou?! A letra D começou a fluir de uma forma tão rápida que em menos de 5 minutos estava cá fora de cartãozinho dentro da carteira e a salivar pelo repasto que tardava.
Como sempre reconheci, o método de acção directa é em 95% das vezes o mais eficaz na resolução destes contratempos irritantes. No entanto, reconheço também que com a idade se vai erradamente controlando estes propedeuticos impulsos que quando bem utilizados garantem sempre excelentes resultados. Neste particular caso, o meu conterrâneo da letra D antecipou-se à minha descarga de alta voltagem que estaria para muito breve e acabou ele por prestar um nobre serviço à causa pública, aos cidadãos e ao país transformando um complicadex num simplex.
“É canja”, disse eu para com os meus poucos botões, verificando ao retirar a senha da maquineta que “apenas” três elementos se encontravam à minha frente. O entusiamo redobrou quando, já sentado numa das poltronas de tecido alaranjado escurecido pelo roçar das peidas e cobertas de manchas, cabelos e pintelhos, li uma das inscrições da referida senha que se destacava por estas simpáticas palavras : “tempo previsto de espera 7 minutos”!
Se fosse brasuca, provavelmente teria debitado um sonoro “Oba!”, no entanto, como cidadão marreta de segunda categoria, algo me fez moderar o contentamento, até porque nesta coisa de repartições púbicas, públicas digo, o lema costuma ser “quem espera (quase) sempre alcança”.
Giro o periscópio 180º e faço uma prospecção da fauna situada no outro lado da barricada com a benemérita missão de servir o cidadão. Não seriam mais do que cinco para dez cadeiras e a segunda impressão com que fiquei (a primeira já tinha ficado com ela na altura de requisição do Cartão de Cidadão) foi de que havia por ali servidores do Estado menos entendidos na prática técnico-mecânico-electrónica de atendimento, resolução e expediente, para que diligentemente teriam sido formados (ou reformados), no intuito de tão digníssima missão como é o nobre acto do atendimento público, do que eu na esmerada arte da puericultura.
Deixemo-nos de tretas e adiantemos os ponteiros do relógio para as 13:30h, hora precisa a que o catrapázio electrónico que mostra as letras a que cada tipo de serviço está agregado (certidões, informações, cartões, etc, etc, etc) com o número correspondente de atendimento se lembrou de avançar a letra D para o número seguinte. Ou seja, trocado por miúdos, ficaram a faltar mais dois elementos para chegar a minha vez, o que para quem com tanta simpatia foi tipograficamente informado que esperaria para aí uns 7 minutinhos não é nada entusiasmante.
Carregando no “forward”, para não perdermos muito tempo, chegamos ao ponto de saturação em que a coisa começa a descambar para a revolta, desiderato altamente perigoso que, como sabemos, pode conduzir à violência generalizada e ao caos.
Primeiramente, esta alminha marreta dirigiu-se a um funcionário e educadamente questionou se seria normal esperar 45 MINUTOS para que uma senha avançasse, tratando-se ainda por cima dos serviços mais rápidos e fáceis de escoar: a entrega de um simples cartão, que a mais não obriga do que uma deslocação de ½ metro à caixinha onde os mesmos se encontram, procurar o nome por ordem alfabética, entregar à pessoa e já está!
Ah e tal e tal, estamos na hora de almoço, às vezes o serviço entope, existem sempre dúvidas que é preciso esclarecer, o X está de baixa, o Y de férias, a máquina avaria, o cliente faz perguntas e temos que responder, surgem imprevistos,….
13:45h, a pouca distância, um outro “cliente” da letra D bufava e espumava da boca enquanto percorria vários metros em círculo num ritmo alucinante. Como que invadido por um impulso eléctrico avançou de uma só vez até ao guichet mais próximo e soltou um estridente “CARREGUE NA LETRA D!” que ecoou até ao topo da Torre Vasco da Gama. “Estou aqui há uma hora e esta merda não anda, enquanto as outras letras estão sempre a avançar!”, completou com mais um violento urro. E não é que resultou?! A letra D começou a fluir de uma forma tão rápida que em menos de 5 minutos estava cá fora de cartãozinho dentro da carteira e a salivar pelo repasto que tardava.
Como sempre reconheci, o método de acção directa é em 95% das vezes o mais eficaz na resolução destes contratempos irritantes. No entanto, reconheço também que com a idade se vai erradamente controlando estes propedeuticos impulsos que quando bem utilizados garantem sempre excelentes resultados. Neste particular caso, o meu conterrâneo da letra D antecipou-se à minha descarga de alta voltagem que estaria para muito breve e acabou ele por prestar um nobre serviço à causa pública, aos cidadãos e ao país transformando um complicadex num simplex.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
DE CU BEM ABERTO PARA A SEITA DE SEMPRE!
Depois de um interregno algo prolongado das lides blogosféricas, em que mais uma vez fui “forçado” a confirmar o estatuto CHUPISTA das entidades bancárias e correlegionárias seguradoras, regresso sem a mínima esperança de mudança no panorama político-social nacional, mesmo observando movimentos algo inéditos em países tradicionalmente pouco dados a revoluções populares, mas que actualmente parece terem tomado a cabeça do pelotão na contestação e revolta contra a opressão e desigualdade.
Por cá, o bom portuga, obediente, cauteloso, acomodado, prefere aturar pacificamente a corja de delapidadores das conquistas sociais e render-se às investidas puras e duras do neoliberalismo mordaz.
Durante quanto tempo mais o povinho aguentará de cabeça baixa os atentados às mais elementares regalias, conquistadas com muito suor e lágrimas pelos nossos camaradas trabalhadores antecessores?
Ao contrário do que a seita acachapada nas cadeiras do poder e do dirigismo económico e financeiro nos quer fazer crer a todo o custo, NÃO é inevitavel toda esta investida contra o estado social para controlar o défice e endireitar as contas públicas. É aos galifões do capitalismo desenfreado, e aos seus mordomos inteligentemente distribuídos por poisos estratégicos, que deve ser pedido o sacrifício de arcar com o peso e a responsabilidade inerentes a quem ao longo dos tempos conduziu o país à derrocada actual.
domingo, 23 de janeiro de 2011
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
ANO NOVO, VIDA VELHA
Mudou o ano, mas de novo só mesmo o aumento de impostos, preços, custo de vida, calhandrice e lava-roupa suja politiqueira, este último desiderato sempre muito em voga nas vésperas de actos eleitorais.
Com a qualidade que se nos apresenta a trupe proposta para o tacho-mor do nosso sistema político, é garantida desde já a minha greve ao acto eleitoral e, sem querer autoproclamar-me de pessimista, antevejo uma das maiores abstenções de que há memória na "democracia" portuguesa, reforçando a convicção de que o povinho está mais do que farto desta chusma sanguessuguista e chupista.
No panorama financeiro/económico, continuam os triviais regabofes protagonizados pelos mesmo de sempre, cuja filosofia não passa disto: "sacar o máximo enquanto posso - quem vier atrás que feche a porta!". Enquanto isso o primeiro anda em leilões mediáticos tentando passar a imagem de um país governado por gente responsável e capaz que sem precisar de Fmis e Ues vai guindar a nação no caminho do sucesso e prosperidade.
E até mesmo no que toca à parte social do país a coisa não vai melhor. Sempre pelos piores motivos (a excepção que confirma a regra é dada pelo Mourinho, justiça lhe seja feita), Portugal surge nas aberturas dos telejornais e primeiras páginas dos jornais internacionais envolvido em saca-rolhas e capadelas no núcleo da meca capitalista mundial.
Se esta merda não acabar toda em 21/12/2012, como andam para aí a dizer, que pelo menos uma chuva ácida se abata sobre a podridão que nos consome e que nos livre de ervas daninhas até à próxima passagem do Nibiru pela Terra!
Com a qualidade que se nos apresenta a trupe proposta para o tacho-mor do nosso sistema político, é garantida desde já a minha greve ao acto eleitoral e, sem querer autoproclamar-me de pessimista, antevejo uma das maiores abstenções de que há memória na "democracia" portuguesa, reforçando a convicção de que o povinho está mais do que farto desta chusma sanguessuguista e chupista.
No panorama financeiro/económico, continuam os triviais regabofes protagonizados pelos mesmo de sempre, cuja filosofia não passa disto: "sacar o máximo enquanto posso - quem vier atrás que feche a porta!". Enquanto isso o primeiro anda em leilões mediáticos tentando passar a imagem de um país governado por gente responsável e capaz que sem precisar de Fmis e Ues vai guindar a nação no caminho do sucesso e prosperidade.
E até mesmo no que toca à parte social do país a coisa não vai melhor. Sempre pelos piores motivos (a excepção que confirma a regra é dada pelo Mourinho, justiça lhe seja feita), Portugal surge nas aberturas dos telejornais e primeiras páginas dos jornais internacionais envolvido em saca-rolhas e capadelas no núcleo da meca capitalista mundial.
Se esta merda não acabar toda em 21/12/2012, como andam para aí a dizer, que pelo menos uma chuva ácida se abata sobre a podridão que nos consome e que nos livre de ervas daninhas até à próxima passagem do Nibiru pela Terra!
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