terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ABAIXO AS PORTAGENS E OS PARQUÍMETROS!


Sou radicalmente contra portagens e parquímetros. Em primeiro lugar porque são um maná para encher os bolsos a administradores, directores e afins das empresas gestoras, escoados dos gabinetes políticos através dos triviais compadrios e jogos de interesses, e em segundo lugar porque são um atentado à liberdade de circulação e estacionamento e uma sobrecarga de taxas e impostos muitas vezes injustificada.
Os efeitos nefastos deste sanguessuguismo militante começam agora a manifestar-se no centro do país, resultado da recente introdução de sistemas de pagamento irracionais nas scut da zona norte que, pelos vistos e segundo as entidades representativas do sector do turismo e hotelaria, já provocaram vários cancelamentos em alojamento e uma grande quebra na afluência de turistas, designadamente da Galiza e Espanha.
É triste que um país que pouco ou nada já produz - e o pouco que produz é através de multinacionais estrangeiras – se dê ao luxo de desperdiçar receitas preciosas, condicionando a circulação de nacionais e estrangeiros, estrangulando economias locais que tinham como base de subsistência o turismo e todo uma vasto satélite de actividades que gira em seu torno.
Enfim, nenhuma novidade, mas simplesmente mais uma constatação da qualidade rasca dos políticos que nos desgovernam.
A bem da nação.

3 comentários:

  1. Hoje mesmo me deparei com uma máquina no lugar onde ainda há pouco dias estava uma pessoa de carne e osso que me falava. E não é que a puta da máquina começou também a falar comigo: enfie o título... meta o cartão... cartão mal introduzido... e eu às aranhas com a bicha que estava atrás de mim...
    Estava eu quase para sair do carro a desapertar as calças e a perguntar:
    - Queres que enfie, meta e introduza o caralho?!
    E eis senão quando se abre a cancela e eu a mando à merda sem resposta.
    Fiquei de calças na mão, se fosse o portageiro teria respondido.
    Um abraço da portagem da Fátima

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  2. Pois, e o pior, sendo muito mau, não é a portagem. É o assalto: os estrangeiros temos de carregar o dispositivo com cinquenta euros, que não se recuperam, mesmo que vaiamos utilizar uma só vez... e ao cabo de três meses, o dinheiro perde "validez", como os iogurtes. Disseram que iriam igualar as condições com as dos residentes, mas por enquanto, népias. Eu já deixei de ir ao Porto muitas vezes, porque agora é caro de mais e demoro muito pela A3 e pela EN13 -fiz no outro dia o experimento- são três horas para 110 km (2.30' os 70 km de Viana do Castelo ao Porto)!

    Os negócios da costa, com certeza se vão ressentir. Mas isso em Lisboa parece importar pouco.

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