quarta-feira, 3 de novembro de 2010

PACOTINHOS DE CRISE

Não restam dúvidas de que as políticas comunitárias desenhadas pelos políticos rascos e tachistas que nos desgovernam, consubstanciadas numa lógica capitalista de mercado, têm conduzido a uma pré-falência dos ideais para que supostamente a União Europeia foi criada: progresso social e económico para uma comunidade alargada de diversos países, culturas e povos que coabitam geograficamente numa determinada região.
O elevado desemprego que grassa por diversos países e que, consequentemente, conduz à pobreza e aumenta o fosso entre os mais ricos e os mais pobres e as medidas de contenção impostas aos mais desfavorecidos por irresponsáveis desgovernativos, que agora pretendem corrigir o mal com um remédio que fará pior que a doença, irão certamente facilitar o despoletamento da insatisfação social em larga escala com um previsível aumento da revolta e violência. Não nos podemos esquecer que o aumento da violência é geralmente proporcional ao aumento da degradação social.
Os pacotinhos de explosivos remetidos pelos gregos, que surgem no culminar de um longo período de contestação popular, bem assim como as greves e manifestações a que ultimamente assistimos na França, são apenas a ponta do rastilho. A crise está, agora sim, prestes a começar. E vai gradualmente agravar-se à medida que os adormecidos da sociedade comecem a despertar da anestesia a que foram sujeitos pelos intérpretes do sistema.

3 comentários:

  1. Bem me parecia que a um fecho correspondia uma nova abertura.
    Os pacotinhos são uma resposta aos pacotes com que nos brindam que são os apertos de cinto e destruição de direitos, não só cá, mas em toda a Europa, que está a ficar pior do que a China, que tanto criticam.
    Cumps

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  2. Ficaram mais alertados pelo facto dos pacotinhos serem presumivelmente fabricados/enviados pelos anarquistas, pois se os mesmos fossem produzidos pela CIA, MOSSAD ou outra ceita terrorista congénere o perigo era nulo. Como dizes e muito bem, os adormecidos do sistema vão acordando, uns aqui, outros acolá, e, meu amigo, a coisa tal como está, é como balão em mão de bébé, pode rebentar a qualquer altura.....

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  3. O pior é que já não há povo, foi-se aburguesando ao longo dos anos. Para um povo que é mais importante parecer do que ser, vai ser muito dificil reconhecer que está na miséria

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