segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A VERDADEIRA GUERRA: A GUERRA CONTRA A EXPLORAÇÃO

Passado o folclore mediático da Cimeira da Guerra, com os avultados gastos sacados ao erário público para a sua realização - apesar do desgoverno afirmar que as inúmeras delegações e os respectvos séquitos foram alojados a expensas próprias, mas esquecendo-se de referir a brutal despesa com recursos humanos, catering, jantares oficiais, mobilização e deslocalização de efectivos policiais e de meios de emergência, como protecção civil, bombeiros, médicos, ambulâncias, etc, já para não mencionar o combustível queimado pelas viaturas, helicópteros e afins, os usuais transtornos causados à população e a machadada da ordem na produtividade nacional que os desgovernantes tão assíduamente apregoam como urgente incrementar -, é agora tempo de nos voltarmos a debruçar sobre as questões mais prementes e concretas do nosso quotidiano, como seja a questão laboral, cavalo de batalha deste vosso amigo marreta de profissão.
Pois meus caros, não é de agora que insisto que esta merda vai rebentar toda pelas costuras quando o desemprego chegar para aí aos 20%, o que sinceramente não julgo irá tardar. Com o que se me depara analisar no dia-a-dia da realidade palpável e não estatística, os tempos negros ainda estão para vir, assim como negra será a fome e a miséria provocada pelas medidas anti-sociais desgovernativas e pela moda da liberalização de tudo o que possa ser passível de arrancar o súor de quem trabalha e encher o bandulho de quem explora.
É que meus amigos, não há lugar a ilusões, a verdadeira “guerra” é a dos pobres contra os ricos, dos explorados contra os exploradores, da honestidade, dignidade e trabalho contra o compadrio, corrupção e chupismo. Não há lugar a ilusões quando a corja nos tenta atirar para os olhos entusiásticos malabarismos para nos convencer de que quanto mais abdicarmos dos nosso direitos conquistados, quantos mais flexíveis formos, quanto mais prescindirmos da nossa firmeza e inflexibilidade, maior será a prosperidade e produtividade e mais rapidamente sairemos da crise provocada por eles.
Tudo balelas esgrimidas por quem quer a todo o custo manter os privilégios e a opolência conquistados e alimentados por jogos de bastidores de compadrio urdidos em comunhão de interesses. O jogo deles (chupistas, exploradores, especuladores, banqueiros, políticos, administradores, gestores) é o de sempre: tentar manter os privilégios e as mordomias subjugando e explorando os mais fracos.
Não tenhamos ilusões, a prosperidade e o progresso social não se atingem com esta escumalha parasita pseudo-mandatada. Podre está o sistema, e o sistema continua a ser  alimentado por esterco das piores proveniências. Pior, com o aval do Povo.

1 comentário:

  1. Com a vinda do FMI e parasitas afins, vamos mesmo e agora abrangendo quase todos, passar fome de bicho (sem ofensa para os ditos). Até já há cabeças pensantes do sistema a interrogar-se se vale ou não a pena sair do Ecu (leia-se Euro). Cá por mim, que já estou com os pés prá cova, estou-me cagando, penso é nos meus/vossos netos e/ou filhos, estes sim, vão sofrer a bom sofrer. Culpados, claro que os há, toda esta chusma de políticos oportunistas e filhos de puta.
    O Cavaco veio dizer ontem que já sabia da crise há dois anos e avisou. Ó Cavaco, em crise estamos nós (quem cospe nas mãos, anda de transportes públicos e levanta-se às 6 da matina) desde que tú foste para 1ºministro e estiveste lá 10 anos, e, quando a massaroca da CEE entrava às carradas, lembras-te? Que fizeste então? Alcatrão e mais alcatrão, obras de fachada e desnecessárias, engodaste uns quantos patos-bravos, e por fim quando saíste ias de cabeça baixa e comprometido com o grande capital que ajudaste a erguer, capital esse que te ajudou a seres eleito para PR, e ajudar-te-há agora. O Povo e sereno mas não é burro, eu disse o Povo não a burguesia.

    ResponderEliminar